E vamos às finais em Paris!!!

Bom galera, foram 4 semi-finais de tirar o fôlego e cheias de surpresas, então vou fazer comentários sobre cada uma em específico:

Primeira: A boa surpresa Australiana!!!

Não que ela seja uma surpresa, pois é a número 7 do mundo, mas Samantha Stosur conseguiu uma sequência magnífica, derrubou Justine Henin, Serena Williams e ontem precisou de apenas 1h para mandar Jelena Jankovic pra casa com o rabo entre as pernas.
O mais impressionante não é  nem isso, não sei se minha análise será correto (me perdoem os especialistas...) mas a Australiana tem um tênis muito parecido com o de Roger Federer, isso mesmo, joga com calma e sem pancadaria como geralmente vem acontecendo no feminino.
Samantha usa bastante spin na bola e tem ótimos slices, realmente parece um Federer de saias.
Na minha opinião é a favorita para dar mais um beinjinho no saibro amanhã.
Boa Sorte!!!
----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Segunda: A boa "surpresa" Russa!!!

A prova de que o tenis feminino está pedindo mais que pancadaria é o fato de Francesca Schiavone ter disputado a semi-final contra Elena Dementieva. a italiana joga com inteligência e usa o fato de ser menor e mais rápida que as habituais adversárias que encontram pela frente e bota as grandalhonas pra correr.
O primeiro set da partida foi extremamente disputado, a italiana venceu apenas no tie-brake.
Foi na pausa entre os sets que veio a surpresa, Dementieva foi até Schiavone e anunciou seu abandono alegando dores na panturrilha, Francesca ficou sem chão, na verdade nem parecia acreditar.
Confesso que fiquei completamente confuso, pois em nenhum momento a russa deu sinais de lesão.
Bom, assim tenho que desejar boa sorte à schiavone, pois terá uma grande adversária em sua primeira final de Grand Slan.



Conclusão: Teremos uma final com pouca pancadaria e muita inteligência, promessa de ser um grande jogo!!!


----------------------------------------------------------------------------------------------------

Terceira: Pancadaria no jogo da depressão.

Parece bizarro né, mas é pura verdade, nunca vi um um jogo com tantas crises de depressão dos dois lados da quadra. 
Tanto Robin Soderling, que foi uma sombra do cara que despachou Federer, quanto Tomas Berdych, que fez cara de choro durante toda a partida, provaram que uma coisa é chegar longe em um grand slan e outra é ser um grande tenista. 
Soderling começou  vencendo tranquilamente o primeiro set, mas no segundo set entrou em depressão e viu seu adversário virar o jogo, já no quarto set foi a vez de berdych precisar de um analista, mas aí não deu tempo Soderling virou novamente e fechou o jogo em 3x2. 
Analisando bem os dois tenistas, Soderling está à frente de seu apático adversário e fará com méritos sua segunda final seguida de Roland Garros, e parece estar confiante já que no ano passado derrotou Nadal que será seu adversário. 
Uma característica interessante dos dois, é o fato de serem extremamente agressivos em seu serviço. Mesmo não tendo um alto índice de primeiros serviços, quando a bola passa geralmente vai a mais de 210Km/h e praticamente decide o ponto. O grande problema é que os dois não passam muito disso, falta um pouco de carinho com a pelota, que foi espancada durante todo o jogo, e as jogadas de habilidade são raras já que as subidas à rede geralmente acabaram em erros. Destaque para os contra-pés de Soderling, que deslocaram algumas vertebras de Berdych, sempre carregados de muita força e geralmente precisos. 
Soderling terá de estar inspirado e com muito pulmão domingo. 

--------------------------------------------------------------------------------------------------------

Quarta: Alguém consegue pará-lo?!

Eu realmente acho que não. Rafael Nadal, que ainda não perdeu nenhum game, passeou contra Jurgen Melzer (27° da ATP) e fechou o jogo em pouco mais de duas horas.

Melzer ainda tentou engrossar pra cima do espanhol e levou o terceiro set para o tie-brake, mas Nadal controla cada ponto ao seu gosto e simplesmente corre em todas as bolas. O número infindável de passadas praticamente impossíveis e suas bolas com efeitos magníficos fizeram o austriaco dançar na quadra e sofrer muito frente ao rei so saibro.
Pra mim, campeão, vamos pelo menos esperar que Soderling ainda se lembre como ganhar de Nadal e tente roubar pelo menos um set, senão o meu domingo vai ser meio vazio.

Bom galera, domingo eu volto para comentar as finais em Paris, espero que tenhamos bons jogos e muita emoção!!!